domingo, 7 de setembro de 2008

A certa

Brincadeiras de meus amigos a parte, vivemos( sim!) procurando A CERTA. A coisa certa, o caminho certo, os conselhos certos, o lugar certo, o dia certo e, como não poderia ser diferente, a pessoa certa. Até mesmo quando dizemos que não procuramos ninguém, estamos procurando sim, no fundo no fundo. Mas é isso, o que é certo para mim não é certo para Sicrano, e muito menos para Beltrano, que vê a mulher certa na que eu vejo como errada. Ahhh, seres humanos. Quem os entende, hein?
Tem quem goste de magrinhas, outros gostam das altas, algumas gostam dos musculosos, tem a que gosta da barriguinha de cerveja, uns gostam de muita fartura(gordinhas), já outros pensam que uma mulher se resume a bunda etc etc etc etc. Isso apenas no aspecto físico. Ainda temos as preferências quanto ao jeito de ser do(a) pretendente, que tem uma diversidade muito maior!! Só para tornar os seres humanos mais imprevisíveis ainda, né?! Sacanagem...Se todas gostassem de pagode, eu já chegaria dançando até o chão para conquistar aquela, a certa, e tenho certeza que se todos os homens gostassem de mulheres atiradas, ela não teria feito aquela cara de santinha para mim. Mas não, somos seres complexos, de gostos e desgostos variados.
Maria gosta de fofinhos, Ana gosta de homem com pegada, e Larissa? Ahhh, ela gosta de educados e charmosos. Já Lucas prefere mulheres atiradas; aquele outro gosta das caladinhas, ou sonsas; Marcos gosta de piriguete, ele mesmo assume! Bla bla bla bla. Fazer o que se tem gente que coloca piercing no clitóris e diz que dá mais prazer? E mulher que fala “Vai campeão!!” na hora H, e tem homem que gosta? Viva a subjetividade humana.
E para piorar mais ainda...
Às vezes imaginamos uma pessoa certa. Desejamos, até mesmo, formamos um padrão de pessoa certa para a gente, como a ideal. Mas aí vem de lá uma outra com características completamente opostas daquela que cortejávamos, e ... Muda tudo! Você pode começar a perceber que os gordinhos também têm pegada, que mulher de aparelho também beija bem, que a branquinha tem o pé na pimenta e que o oriental sabe comprovar como David venceu Golias. Viva a subjetividade humana. Tem gente que entra nas nossas vidas para mudar todos os conceitos, pré-conceitos e tabus. Chega e bagunça tudo. Faz a gente descobrir que não nos conhecemos: “Poxa, nunca imaginei que isso era bom”.
Na verdade, não gostamos de morenas, loiros, magros, gostosonas ou inteligentes. A pessoa certa é quem faz a gente esquecer do mundo quando estamos do seu lado, ou quem faz 3 horas parecerem 3 minutos. A certa é quem faz a gente já sentir saudade antes mesmo de se despedir. A certa é quem dá um beijo no mesmo lugar que outras pessoas já deram, mas gera um sensação completamente diferente. Ou quem nos dá aquele abraço que nos faria ficar ali o dia inteiro sem enjoar. A certa é, sim, aquela pessoa que faz nosso coração disparar quando vemos o seu nome no aviso de mensagem do celular, ou aquela que faz a gente fazer tudo aquilo que achávamos careta, cafona e infantil; aquela que faz a gente falar com voz de criancinha( gut gut linda...), faz a gente achar lindo o “desligue você, ahhh, desligue primeiro...”, faz o seguro não saber onde colocar a mão, o desinibido ficar tímido, o discarado ficar quietinho, o brigão ficar manso, a festeira ficar caseira, o egoísta ficar solidário e, principalmente, faz o descrente no amor amar.
Ihhhhhh,é tão complexo achar a pessoa certa...Mas essa é a graça! Se amor fosse matemática não seria amor, seria uma matéria de colégio.
(Espírito Santo Filho)

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